segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A atuação da fisioterapia no pós-operatório da cirurgia ortignática



Boa noite, vamos começar movimentar um pouco esse blog! :) 
Então, sou fisioterapeuta, pós-graduanda em Terapia Manual e capacitação do tratamento da ATM. 

O mais encontramos na internet e nas redes sociais são as duvidas de pacientes que estão na preparação para realização da cirurgia ortognática. Mas afinal, o que se trata essa cirurgia? 
  A Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-faciais (CTBMF) é uma especialidade da Odontologia que tem o objetivo de diagnosticar e de tratar as doenças, traumatismos, lesões e anomalias, congênitas e adquiridas, do aparelho mastigatório e estruturas craniofaciais associadas. Fazendo parte dessa especialidade, a cirurgia ortognática tem como objetivo a restauração do esqueleto facial, corrigindo as deformidades, posicionando-o harmoniosamente em relação à base do crânio, melhorando a condição respiratória e muscular e diminuição de dores da musculatura mastigatória. Cabe ao ortodontista e o cirurgião buco-maxilo-facial avaliar e realizar a cirurgia. 
Pra quem já pesquisou um pouco sobre a cirurgia, sabe que é uma cirurgia traumática e que muitas pessoas passam anos, para decidir e criar coragem, outras já sonham em realizar o quanto antes. Mas o pós-operatório e sempre uma das barreiras que tem que se enfrentar. No geral, os sinais são: edema (MUITO EDEMA), parestesia, diminuição de abertura bucal,  propriocepção, pontos-gatilho e em alguns casos, dependendo do pós-operatório, quando o paciente fica muito tempo sem trabalhar o sistema estogatognático (mastigação e fala) ou realizando parafunção, alguns entrando num quadro de Disfunção da Articulação Temporomandibular-DTM. 
A fisioterapia deve ser iniciada no pós-operatório imediato (24h após a cirurgia), reduzindo edema, trabalhando deslizamento de disco sobre o côndilo, com movimentos suaves, quase imperceptíveis, mas que causam um efeito grandioso. Com a diminuição de edema, já inicia os seguintes objetivos, quando necessário. Cada paciente tem sua individualidade e trás consigo suas mazelas de anos e anos e não pode ser revolvido num piscar de olhos. É necessário tempo e uma equipe interdisciplinar para que esse paciente tenha sucesso em sua reabilitação. 
Em alguns casos, quando necessário, sempre faço o encaminhamento para o fonoaudiólogo, psicólogo ou nutricionista. Afinal, chega um momento que precisamos entender que o trabalho da fisioterapia acaba, e caso a reabilitação não esteja completa, é necessário outros profissionais para que trabalhe junto, cada um na sua área, fazendo uma saúde humanizada e uma reabilitação de sucesso para o paciente. 
A reabilitação só finaliza quando o paciente já consegue realizar suas atividades normais e se alimentar de forma adequada, sem dores ou sintomatologia de DTMs. O paciente não vai poder inicialmente comer uma carne de churrasco, mas com 2 meses, já é para esta numa alimentação adequada, com restrição de alimentos duros ( carne de churrasco, rapadura...), pois neste período de 2meses ainda esta se formando calo ósseo, um osso maduro e não um osso adulto, rígido. Então, melhor deixar todas as recomendações, para o paciente fica atento. 
Posturas...existem casos e casos... Mas sobre postura fica num outro texto, já será outra forma de tratamento e tão importante quando o pós-operatório imediato. 
Espero que gostem e podem comentar para dá opinião ou perguntas, estamos aqui para aprender, eu muito mais com vocês... Aprender e uma forma de entender que existe algo sempre novo a nossa volta.

Sou alagoana, resido em Maceió. Contato: 82 99608 2441 
Email: ingrid_madiany@hotmail.com 

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